quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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12/11/2008 - 12h04
Confraria de chefs promove bufês típicos do Brasil no exterior
RAFA SANTOS Colaboração para a Folha Online

Quase nove mil chineses provaram pratos preparados com ingredientes tipicamente brasileiros como o palmito pupunha e a manteiga de garrafa, no hotel Harbour Plaza, um dos mais luxuosos de Hong Kong, na China, no segundo festival Flavors of Brazil, que aconteceu de 15 a 30 de setembro deste ano.
A idéia de levar um bufê tipicamente brasileiro para hotéis cinco estrelas do exterior é do chef brasileiro Alain Pierre Berjeaut e de um grupo de amigos que ele conheceu quando estudou na escola Hotel Institute Montreux, na Suíça. O próximo festival acontece neste mês no SPA cinco estrelas Kempinski Ishtar Dead Sea, na Jordânia.
Além do palmito pupunha, o menu do festival que ocorreu na China era composto por alguns ícones da culinária brasileira, como o churrasco. "Nossa intenção é mostrar um pouco das diferentes cozinhas e culturas regionais brasileiras, por isso servimos receitas como moqueca e feijoada. A única diferença é que procuramos refinar na apresentação", explica Daniel Ribeiro, um dos chefs participantes do festival.
Ribeiro estudou na tradicional escola de gastronomia francesa Le Cordon Bleu. Ele, Berjeaut, Carlos Teperman e Alexandre Chalela são os responsáveis pelo menu que será servido nos dias 20, 21 e 22, durante o primeiro festival Brazilian Vibes, no Kempinski Ishtar Dead Sea, na Jordânia.
A iniciativa surgiu quando Berjeaut e 11 companheiros fundaram uma confraria na Suíça. "São 12 amigos espalhados pelo mundo e a idéia de fazer esse intercâmbio gastronômico é bem antiga", afirma o chef.
Preparo
Festivais de gastronomia cuja proposta é apresentar pratos típicos de um país não são fáceis de executar, afinal, ingredientes como manteiga de garrafa não são necessariamente comuns em países como China e Jordânia. "Nós não nos arriscamos levar nada daqui, então pedimos para o hotel importar, ou fazemos pequenas adaptações", explica Berjeaut.
O primeiro passo é definir o menu. Essa etapa pode levar até três meses. "Conversamos muito, eles vão pesquisando por lá até tornarem o evento viável", diz. No festival da Jordânia, os chefs brasileiros vão contar com o apoio de uma brigada de 60 profissionais do hotel. No menu, além de receitas típicas, a confraria pretende servir a versão clássica da caipirinha e algumas variações do drinque, sempre com frutas brasileiras.
Segundo Berjeaut, apesar de ser uma operação complicada, o festival é possível graças à imensa rede de fornecedores que os hotéis cinco estrelas dispõem. "Para esse evento do Oriente Médio, me ligaram para avisar que encontraram jaca... Fiquei me perguntando como fizeram para achar jaca na Jordânia", encerra.
Mais informações sobre a confraria podem ser obtidas pelo e-mail: berjeaut@overstress.com.br

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